Limpando as aparências

O QUE SAIU NA MÍDIA SOBRE MINAS E OS MINEIROS

Se Belo Horizonte deseja mesmo sediar a abertura da Copa, precisará olhar com atenção para sua infraestrutura

Por Bruno Frade

Imagem: Estado de Minas

Com a Copa de 2014, Belo Horizonte está fazendo de tudo para ganhar o título cidade-sede para a abertura dos jogos. Uma obra aqui, outra lá, com a proposta de construir um cenário sustentável, que garanta infraestrutura necessária para que a cidade possa sediar o evento.

A prefeitura está investindo milhões de reais, na despoluição da lagoa da Pampulha, um dos principais cartões postais do estado. Com a promessa de quem sabe no futuro... daqui a três anos, 95% do esgoto esteja tratado. Inacreditável! Será que os esportes náuticos voltariam a ser praticados, como na década de 40? Coitado de Juscelino Kubitschek, que em meio a sonhos e realizações tentou melhorar a imagem da cidade. Mas a realidade atual é outra. Os frequentadores ainda são obrigados a conviver com mau-cheiro, algas e esgoto a céu aberto. Nossinhora!

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Belo Horizonte vai muito além da preservação da "biodiversidade política".

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O Comitê Executivo da Copa em Beagá, ainda não conseguiu verba para tratar o nosso espelho d’água. Estão precisando de mais R$ 100 milhões para continuar o tal desenvolvimento sustentável.

Talvez com a aprovação dos nossos vereadores e do prefeito da capital mineira Marcio Lacerda (PSB) na semana passada, o projeto de lei que visa melhorias na qualidade da água e saneamento básico em bacias hidrográficas, inclusive na lagoa da Pampulha, possa trazer progresso para a cidade.  Embora a prefeitura autorize que o município contrate o empréstimo no valor de até 60 milhões de dólares com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para a recuperação ambiental.

Sem uma política ampla de estudos ligados a ciência e tecnologia, a capital mineira pode perder sua posição de destaque na escolha para sediar o maior evento mundial. Que cidade queremos ter no futuro? E os gastos para manter a manutenção? Belo Horizonte vai muito além da preservação da "biodiversidade política". Chegamos no momento de um novo salto, com atitudes de uma cidade realmente sustentável.