08-06-2011 17:11

Não é brincadeira acabar com a brincadeira

"Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim"... mas sem brinquedo

Guilherme Reis

Imagem: Divulgação

Os legisladores de Belo Horizonte aprovaram em segundo turno o projeto de lei (PL) 1254/2010, da vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PC do B). A matéria proíbe a venda de alimentos voltados para o público infantil acompanhados de brinquedinhos “super divertidos”. Acabou a festa da garotada que pedia um Mc’lanche Feliz para o papai ou para a mamãe ou aqueles enormes ovos de páscoa com "surpresinhas de montar".

A vereadora alegou que o preço está embutido no valor do “hamburgão” do palhaço Ronald, ou seja, na venda casada. Outro fator de reclamação é acreditar que o brinquedo induz a criança ao consumo de alimentos não muito saudáveis, cada vez mais presentes na sociedade contemporânea. A rede Mc'Donalds tanto sabe disso que utiliza a imagem acima para atingir seu alvo, melhor, público-alvo: os pequeninos. Por isso, talvez, representantes da empresa tenha faltado às audiências públicas na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).

Como as redes de fast food são "rápidas", cinco lojas de BH já se adiantaram à promulgação da lei e conseguiram autorização por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para vender o brinquedo separado do lanche. O preço do brinquedo, conforme apuração, é quase o mesmo do alimento.

COMENTÁRIO: A aprovação em segundo turno traz uma revelação importante: os vereadores se preocupam sim em fazer o dever de casa e não só se divertir com o dinheiro do contribuinte.

Fonte: CMBH e redação

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